Cassiano Ricardo (1895-1974) foi um poeta, ensaísta, jornalista e
advogado brasileiro. De poesia marcadamente nacionalista, buscou inspiração nos
motivos folclóricos e históricos brasileiros. Publicou seu primeiro livro de
poemas “Dentro da Noite” (1915).
O poeta sempre soube assimilar a moda
poética dominante e escreveu poemas seguindo os mais variados estilos. Em
São Paulo, se integrou aos dissidentes do Movimento Modernista e aliou-se ao
“Grupo Verde e Amarelo” quando produziu obras de entusiasmo ufanista, como
“Borrões de Verde a Amarelo” (1925), “Vamos Caçar Papagaios” (1926), “Martim
Cererê” (1928) e “Deixa Estar, Jacaré” (1931).
Cassiano Ricardo abandonou a advocacia e entrou para o
funcionalismo público quando sucessivamente ocupou diversos cargos.
No ano de 1937 foi eleito para a cadeira nº 31 da Academia
Brasileira de Letras. A partir de 1940 passou a dirigir o jornal “A
Manhã”. Em 1943, o pós-guerra passou a
ser explorado e batizado pelo poeta como “um mundo de condições atômicas”, em
que a máquina comanda a vida humana.
Entre 1953 e 1955, Cassiano residiu na Europa, onde
trabalhou como diretor do Escritório Comercial Brasileiro em Paris. Em
1960, a poesia de Cassiano Ricardo alia-se aos mais ousados vanguardistas. É
dessa época: “A Montanha Russa” (1960), “Poesia Completa” (1960), “Jeremias Sem
Chorar” (1964) e “Os Sobreviventes” (1971), com franca adesão ao Concretismo e
à Poesia Praxis.
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