Pralapracá
E começa a longa história
do navio que ia e vinha
pela estrada azul do Atlântico:
Ia, levando pau-brasil
e homens cor da manhã, filhos do mato,
cheios de sol e de inocência;
vinha trazendo degredados...
Ia, levando uma esperança;
vinha trazendo foragidos de outras pátrias
para a ilha da Bem-aventurança.
Ia levando um grito de surpresa,
da terra criança;
e vinha abarrotado de saudade
portuguesa...
Cassiano Ricardo Leite
do navio que ia e vinha
pela estrada azul do Atlântico:
Ia, levando pau-brasil
e homens cor da manhã, filhos do mato,
cheios de sol e de inocência;
vinha trazendo degredados...
Ia, levando uma esperança;
vinha trazendo foragidos de outras pátrias
para a ilha da Bem-aventurança.
Ia levando um grito de surpresa,
da terra criança;
e vinha abarrotado de saudade
portuguesa...
Cassiano Ricardo Leite
Análise:
No
início do poema no verso : “E começa a longa história, do navio que ia e vinha pela
estrada azul do Atlântico”, o poeta resgata o fato da Descoberta do Brasil e o
trânsito constante de navios portugueses nas águas do Atlântico. Essas viagens
eram exploratórias, pois retiravam as riquezas naturais da terra como “Pau
Brasil”. Do mesmo modo, levavam para Portugal os índios em cativeiros; os quais
o autor chama de “homens cor da manhã, filhos do mato, cheios de sol e de
inocência”.
O
autor chama e denomina o Brasil como terra da “Bem-aventurança”, ou seja, terra
de pessoas alegres, felizes.
Esses
portugueses “Ia levando um grito de surpresa, da terra criança”. Ressalta que
tanto os índios quanto os produtos, causavam surpresa aos portugueses, em ver
as belezas da “terra criança”, recém descoberta. Afirma que estes navios “e
vinha abarrotado de saudade portuguesa...”, pois muitos demoravam muito para
retornar, despertando a saudade da terra natal.
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